quinta-feira, 16 de abril de 2009

[Paradoxos]


"Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais, perdemos tempo demais em relações virtuais, e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver,mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar arua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais,mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressare não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food'e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocose das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com aspessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
Por isso, valorize sua familia,seus amores, seus amigos, a pessoa que lhe ama, e, aquelas que estão sempre ao seu lado."

(George Carlin)

Um comentário:

Anônimo disse...

É, amiga.
Vivemos de paradoxos mesmo e nem adianta abstrair muito. Na verdade acredito que exista uma generalização no texto, para tratar de um problema global: inversão de valores. Mas acredito que praticamos, falamos e nos comportamos de acordo como nos é mais conveniente, certo? Tipo, como já te falei, não odeio frequentemente. Apenas existem coisas que odeio. O contato desperta o ódio. Depois passa. Assisto pouco TV, mas sempre estou com Deus! O texto do Carlins comporta a transformação a que estamos sujeitando o meio em que vivemos. E, considerando que somos - também - produto do meio - o meio que produzimos acaba nos influenciando da mesma forma. É um ciclo? Enfim, "whatever", rsrsrs...
Beijos!