quinta-feira, 2 de abril de 2009

[Comecei a abrir caminhos]

O tempo passa?
Passa.
Mas há momentos difíceis
no caminho.
Há manchas na pele
que roubam a beleza.
De que adianta estar
arranjada,
Com os colarinhos aprumados,
se há uma enorme mancha
ao te olhar, ao te lembrar
daquele fatídico dia
em que o melhor gole
errou a boca e foi
parar ali.
Passa.
Passa.
Tudo passa.
O tempo passa panos pintados,
lustrosos, esfumaçados, lisos.
O tempo passa, mas há sempre
aquelas dores enxovalhadas,
chatas de passar.
Puxa daqui, estica dali.
Dá para ir!
Dá para sair!
Ninguém vai reparar.
Deixe disso, que dispara-te!
Ninguém vai reparar
Nesse mundo estás bem escondido.
Só tu é que sabes.
Então acha que todos vão ver?
Não vão não.
O tempo passa e borrifa gotículas
De esperança, às vezes,
Para passar melhor.
De vez em quando, somos surpreendidos
pelo avesso e, quando voltamos
ao começo, percebemos que não
Está bem . . . passado.
Passa-se um lado.
Amarrota-seo outro.
Ah! Está difícil.
Mas vou assim mesmo!"
(@vessos)

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