quinta-feira, 2 de abril de 2009

[Rótulos]


Quem inventou essa história de rotular?
Mas enfim, filosofando de maneira muito barata, temos que ter noção claro, de que fazemos parte de uma sociedade habitada por indivíduos, que tem poderesde influenciar a sua vida e as dos outros.
Esta complexidade toda faz com que reajamos positiva ou negativamente aos nossos próprios hábitos, um deles é a tal rotulação.
A gente tem mania de rotular as coisas, as situações, as pessoas. Alguém que não tem o nosso tempo de raciocínio facilmente vira retardado, deficiente físico é incapacitado, crentes, ricos, pobres, feios, bonitos, bêbados, drogados, homossexuais, prostitutas, negros, fracassados, bandidos, falcatruas, românticos, fúteis, vagabundas e tantos outros rótulos horríveis que costumamos usar de maneira pejorativa ou não.
É ruim rotular?
Claro que é.
Esquecemos sempre que rótulos atingem pessoas que amam, odeiam, choram e riem. Têm sentimentos, mogoam-se, ferem-se.Não há clemência no rótulo, ele é frio, estático.
Lembremos também, que todo ser humano prejulga, faz parte da sua natureza. Quer a prova real?Por acaso vc já pensou: “Não vou com a cara dele mesmo sem conhecê-lo...” ou “Quem usa camisa rosa é bicha”
Impressões a gente tira sempre, não adianta dizer que não. Quantas vezes deixou de se envolver com alguém porqueachava que era muito romântico?
Porque achava que não era confiável?É mais fácil achar/rotular e eliminar possibilidades logo de cara... acreditamos sempre no que queremos acreditar. Isso é fato! Falta mansidão, falta compreensão, falta vontade dearriscar só para conhecer alguém verdadeiramente.
A maneira de se vestir, de falar, de tratar os outrosindica muita coisa? Sim. Mas o íntimo da pessoa... fica explicitado? Não.Os estereótipos crescem juntamente com os preconceitos. E a coisa funciona assim: Quem rotula age com preconceito,e quem age com preconceito tem preguiça. Preguiça de pensar, de conhecer.Rotulamos pessoas da mesma maneira que rotulamos
garrafas de bebida, musica, filmes, livros, revistas, artigos, cantores, programas de TV... Devemos parar? Sim e não.
Ai vai de cada um. É uma questão de escolha própria!
Até porque devemos, também, lembrar sempre que o rótulo É, também, uma maneira de defesa dos indivíduos medíocres.
Contudo... almas gêmeas que têm muito em comum podem estarperdidas no mar de preconceitos... por pura falta de coragem de enfrentar a real personalidade de cada um, como realmente é, sem máscaras, sem rótulos!

{Adaptado de Rafael Pires}

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